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sábado, 16 de outubro de 2010

Onde foi que eu errei?






Por que vemos tantos casamentos destruídos dentro da igreja? Por que a instituição base da sociedade, que foi fundada por Deus, a família, está afundando-se cada vez mais? Simples, o erro está no inicio de tudo. Não, não Adão e Eva. No nosso inicio mesmo.
No começo de um relacionamento cristão, o mais comum ouvirmos são conselhos do tipo “saiam em grupos”, “não fiquem sozinhos”, “se comporte como cristão” etc. ou seja, são dois fakes namorando. Ninguém sabe a verdadeira conduta de ninguém. Se a gente conhecesse as pessoas pelo convívio ( e olhe lá), e o namoro é o tempo do conhecimento, privando-se disso, automaticamente você descarta a hipótese de conhecer seu parceiro.

Se você percebeu, dois dos conselhos citados acima são em prol da virgindade, como se o maior pecado que um cristão pudesse cometer fosse o sexo fora do casamento. Não estou dizendo que pode, ok? Alias, nem deixo minha opinião sobre o assunto aqui, por que não quero nem causar polemica. (quero sim, mas não agora)

Voltando. Focando o sexo, eles esquecem que há outras coisas importantes que devemos dar exemplo. Como uma boa relação com nosso conjugue. Isso é algo que quem ta de fora consegue enxergar também. É um testemunho. E essa boa relação não consiste apenas em caminhar de mãos dadas pela rua,  ou não se desgrudarem.

Como já citei antes, ouço muitas vezes o extremo do absurdo, pregado até como doutrina em algumas igrejas que prefiro não comentar os nomes (mas todo mundo já deve saber), que namoro cristão só pode durar um ano (6 meses de namoro, 6 meses de noivado) e que é algo restrito para pessoas maiores de 18 anos. Ah, qualé...

Partindo do pressuposto que um casal passe a se conhecer ao completar 18. Eles não saem muito, não se encontram. Praticamente se vêem apenas na igreja (onde todo mundo é crente) ou em almoços com a família do outro (programa de índio em que todo mundo é educado). E tudo isso em apenas um ano, que chega ao fim com o casamento dos pombinhos.  Duas pessoas de 19 anos, sem experiência se unem num barco furado.

Logo descobrem que um não era como o outro pensava. “ah, mas eu não sabia que você acordava tarde!”, “eu não sabia que você escutava hardcore!” “eu ano sabia que você arrotava!” tudo isso por falta de convivência. É um disfarce que transforma a pessoa em alguém perfeito, o que não existe.
E com o tempo descobrem que o que não existe também é o amor entre eles. Sim, por que é fácil você amar alguém perfeito. E suportar os defeitos é uma prova de amor que se aprende durante o namoro. É nessa fase que você decide se é aquela pessoa ou não que você vai querer  viver até que a morte os separe. Já sabendo de tudo (ou quase tudo) sobre ela.

Voltando ao nosso casal fictício. Passaram-se três anos, e eles já têm dois filhos (imagina se não se amassem!).  Um não agüenta mais a cara do outro. “Só há duas opções: divórcio ou tentar restaurar o casamento.” Divorcio é mais rápido, afinal, ele não me merece mesmo!“, “eu que não quero viver com essa mulher ranzinza!”e pronto! Divorciam-se. Buscando a solução mais rápida para um problema que eles mesmos criaram. E os dois filhos? Alguém pensou neles? Não. Lá se vão duas crianças que poderiam ter um futuro promissor, entregues à própria e sorte, por que filhos precisam de referencial paterno e materno. Isso é fato! Duas crianças inocentes vão pagar pelo erro que dois jovens cometeram.
Mas pense bem. Foram eles mesmos os culpados? Eles não estavam apenas seguindo as doutrinas de sua igreja? Pois é. Por isso que a Bíblia nos orienta para não sermos levados por qualquer baboseira que escutamos por aí.

Vamos fazer um rápido balanço. Entre mortos e feridos temos duas pessoas que se decepcionaram com o matrimonio e que tem chances de repetir a dose errada, dois filhos de pais separados, candidatos a sofrerem graves transtornos de personalidade e mais um monte de gente que talvez até se baseasse naquele casal como um referencial a ser seguido. Não tinha brigas, eram “duas pessoas cristãs, então... Quero ser assim.” E hoje, se decepcionam ao ver cada um no seu canto. Quem saiu ganhando? Satanás, que odeia ver uma família unida. Que tem ódio dos homens e quer vê-los destruídos de qualquer maneira. Quem colaborou para que isso acontecesse? A doutrina insana de que namoro de crente dura 1 ano e com limites absurdos.
Não estou querendo dizer que você vai namorar com 500, de qualquer jeito, fazendo de tudo e sem nenhum compromisso ou esperança de casamento. Mas tente conhecer a pessoa antes de namorar. Seja amigo. Assim você já entra no namoro conhecendo um pouco. Até por que namorando a gente finge que não vê muita coisa.
Conheço um casal que namorou durante 10 anos. Hoje tem apenas 2 anos de casados. E irá se multiplicar por muito tempo. Por quê? Quem ousa dizer que os dois não se conhecem? Foram muitas experiências, muitas brigas (sim, isso pode) que acabaram provando o amor (que tudo supera). Os dois têm muita confiança um no outro e é assim que deve ser. Antes eles pareciam já ser casados. Hoje eles parecem um casal de namorados com apenas cinco meses de relação. O maior Love!
E é isso que desejo a todos os solteiros que esperam em Deus. Saiba procurar a pessoa certa, e quando encontrar, certifique-se que não seja fake.

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